Na década de 60, profissionais que mais se destacavam no mercado de trabalho eram aqueles que mostravam cenários futurísticos para as diversas empresas. Estes profissionais chegaram a concluir que, no final do século XX, as nossas casas estariam totalmente automatizadas e os robôs seriam os nossos grandes "companheiros" e "ajudantes" do dia-a-dlia.
0 que podemos constatar hoje, já quase na virada do século, é que estas previsões não são exatamente a nossa realidade. A tecnologia evoluiu, mas não em tal nível. Ela ainda não se tornou tão popular e acessível, pelo menos ainda, não é comum termos em nossas casas os robôs efetuando as atividades domésticas. Entretanto, podemos concluir que a tecnologia não é cíclica, ela segue um caminho aparentemente linear e a cada novo dia surgem mais inovações.
É quase impossível dedicar o nosso tempo aprendendo a utilizar os novos recursos tecnológicos. Compete à educação criar novos hábitos em relação à tecnologia. Um dos grandes trunfos da tecnologia é a disponibilidade da informação, entretanto a quantidade de informações disponíveis cresce e continua crescendo vertiginosamente. 0 acesso às informações, realmente, é uma das garantias de liberdade do mundo moderno.
Paralelo a todo esse desenvolvimento tecnológico, podemos concluir que a escola não gosta de mudar, e a tecnologia é, muitas vezes, vista como inimiga. Como exemplo, podemos citar o surgimento da caneta esferográfica. A sua utilização sofreu grande resistência por parte dos professores, que preferiram usar a pena e o tinteiro.
A era da informação requer profunda revisão do sistema educativo. 0 papel do professor é de fundamental importância nessa nova era, seu perfil deve mudar radicalmente, passando de detentor de todo 0 conhecimento para mediador, facilitador da aprendizagem.
0 professor é o responsável pelo sucesso e o fracasso no processo de aprendizagem escolar, entretanto sabemos que não é fácil conseguir um equilíbrio para desenvolver tal sucesso, visto que ele depende de todo um processo de inovação e aprendizagem pessoal, pedagógico e até mesmo administrativo dentro da organização escolar.
Várias inovações têm proporcionado o desenvolvimento da escola, não apenas a tecnologia. Entre estas inovações podemos citar o próprio conceito de inteligência que se insere hoje, com Gardner Howard, e seu conceito de inteligências múltiplas, em que cita o homem como possuidor de sete inteligências: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, espacial, musical e corpo-cinestésico. Como a escola está desenvolvendo as habilidades dos seus alunos?
Uma das formas seria utilizar diversos recursos como a informática, os vídeos, os jogos, a dramatização e outras atividades que reproduzem a realidade. Diante de tal contexto, o microcomputador é uma das mídias que mais possuem recursos bastantes flexíveis para o desenvolvimento dessas habilidades, bem como uma excelente interface para o novos adventos tecnológicos.
Entender é inventar e, segundo Papert, os computadores devem servir às crianças como instrumentos com os quais trabalhar e pensar; são meios para realizar projetos e fonte de conceitos para pensar novas idéias.
Nessa concepção, os professores podem e devem utilizar os computadores como ferramenta do currículo escolar para o aprimoramento da aprendizagem. Várias iniciativas já foram tomadas em ambos os sentidos, e entre os principais resultados podemos citar: o desenvolvimento, a organização do pensamento e a geração de desafios e conflitos, os quais são as molas propulsoras da construção do conhecimento.
É importante ainda ressaltar que apesar da lentidão do desenvolvimento dos recursos educacionais, o aluno deixou de ser um mero espectador, passando a ser um elemento ativo, participativo e construtivo na sociedade.
Percebe-se com isso que a mudança da postura vai muito além do professor, os alunos são diretamente afetados pela implantação da tecnologia. Os alunos passam a ser grandes fontes de informações e começam a preferir os ambientes de aprendizagem onde podem ter participação mais ativa, visto que dessa forma eles se envolvem mais com suas atividades.
É muito comum, nesses ambientes de aprendizagem com tecnologias, os alunos com dificuldades de aprendizagem passarem a encontrar novas motivações, os alunos ficam mais entusiasmados. Existem também aqueles que têm um domínio muito grande da tecnologia, que passam a cumprir um papel de grande importância como auxiliar do professor, tornando-se muitas vezes voluntários instrutores de seus colegas.
É necessário que os professores estejam mais receptivos para aceitar essas mudanças e não considerá-las como ameaça ao seu antigo papel de detentor do conhecimento. No momento oportuno da utilização da tecnologia computacional, o professor precisa assumir o seu papel de facilitador.
Podemos concluir que é grande engano restringir a história da informática às datas de criação de chips, microcircuitos diferentes, refere-se sim, a uma história, muito mais importante, de saber como as pessoas pensam e como o desenvolvimento desta cultura se relaciona com tendências mais amplas na sociedade; não se referindo a um produto atrás do outro, a essência dessa história é o crescimento de uma cultura.
Dessa forma, vimos que a apresentação de projetos curriculares novos, cientificamente elaborados, em si, não basta, se esses projetos não se converterem em instrumentos de trabalho e questionamento para todos os envolvidos no processo de educação.
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segunda-feira, 16 de junho de 2008
O PAPEL DO PROFESSOR E DO ALUNO NA NOVA REALIDADE EDUCACIONAL.
Tecnologia e a Educação.
Com o avanço da tecnologia nos diversos campos do conhecimento humano vêm proporcionando uma grande integração entre as diferentes comunidades e até mesmo povos desse nosso mundinho.
A tecnologia, principalmente aquela que envolve a informação e a comunicação, deixou nosso planeta bem pequeno e bastante acessível a qualquer pessoa. No entanto ela criou um “problema”, a quantidade de informação e conhecimento nela contida e, a rapidez com que chegam ao usuário o obriga ter bem desenvolvido a capacidade de observação, análise, conclusão, interpretação, entendimento e crítica. Na sala de aula essa informação ainda não chega ao aluno e em muitos casos o professor ainda é o responsável por transmiti-las, um erro, pois o aluno deve em nossos dias ser preparado para transformá-las em conhecimento através da discussão e análise, tendo condições de utilizá-las nas suas necessidades diárias.
As mídias auditivas e audiovisuais, como o rádio, televisão, cinema e vídeo, produzem e transmitem grande quantidade de informação. O mais interessante é que essas mídias fazem uso de uma outra tecnologia, a dos computadores. Essas máquinas são tecnologias de informação e de comunicação (TIC) em tempo real, sem fronteiras, limitações quanto a língua, cultura e grau de conhecimento. Nessa rede de comunicação formada pela interligação entre computadores, a Internet, trouxe grandes benefícios para a sociedade e que aos poucos estão chegando à sala de aula.
As TIC proporcionam não apenas a comunicação, como é o caso do telefone, mas também a integração, interação, operação e aplicação.
Nos nossos dias o aluno não deve mais ser informado, mas sim formado para transformar a informação em conhecimento, para isso é preciso que ele tenha a oportunidade de desenvolver as suas capacidades e habilidades, bem como as percepções. São etapas que levarão ao desenvolvimento cognitivo.
Por: Vivaldo Armelin Júnior
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